Embrapa Amazônia Oriental e SEMUPA avançam para instalar 15 “Sisteminhas” em Ananindeua

08/10/2025 13h16 - Atualizada em 08/10/2025 19h56
Secom

Encontro na Sede da Embrapa.Belém (Embrapa Amazônia Oriental), 3 de outubro (sexta-feira) — Técnicos da Embrapa Amazônia Oriental e da SEMUPA se reuniram para alinhar a implantação de 15 unidades do Sisteminha em Ananindeua, com apoio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). O encontro ocorreu na sede da Embrapa, onde um Sistema demonstrativo já está instalado para formação prática de multiplicadores — passo estratégico antes das instalações no município. 

O que é o Sisteminha (Embrapa): uma tecnologia social integrada para produzir alimentos em pequenos espaços, combinando tanque de peixes , horta e criações leves (como galinhas), com compostagem e minhocário. A água e os resíduos circulam entre os módulos, reduzindo custos e aumentando a oferta de alimentos para famílias, inclusive em áreas urbanas. A solução nasceu e foi difundida pela Embrapa (com atuação histórica da Embrapa Meio-Norte) e hoje integra agendas nacionais contra a fome.

O que foi decidido no encontro

Validação em campo : a equipe conheceu o Sistema que já opera na unidade da Embrapa, etapa posterior às capacitações teóricas realizadas durante a montagem. A ideia é que os participantes se tornem multiplicadores na rede de assistência técnica do município.

Próximo passo : início das instalações das unidades em Ananindeua , priorizadas em 2025 nas parcerias Embrapa–MDS para combater a fome e gerar renda local.

Ações de capacitação e implantação no Pará.Como funciona (explicação técnica da visita)

Segundo os técnicos presentes, o conjunto visitado trabalhou com cinco módulos integrados: tanque de peixes, composteira, minhocário, galinheiro e horta — todos interligados em ciclo de reaproveitamento (água do tanque aduba a horta e a compostagem; resíduos das aves entram no composto; o húmus do minhocário volta ao canteiro). Na demonstração, foi apresentado um tanque de 10 mil litros com criação de tilápias e um aviário de postura , destacando que uma família pode consumir e vender o excedente.

Por que isso é importante para Ananindeua?

A rede local ainda enfrenta “desertos alimentares” — bairros que consomem alimentos de fora e produzem pouco em seu território. O Sistema chega para fomentar a produção local e reforçar a soberania alimentar, com custo de implantação baixo e uso eficiente de água e resíduos. Em 2025, o MDS e a Embrapa anunciaram a meta nacional de centenas de novas unidades; Ananindeua aparece entre os municípios priorizados nas ações de capacitação e implantação no Pará.

Vladimir Bomfim Souza (Analista A, Embrapa Amazônia Oriental).Vladimir Bomfim Souza (Analista A, Embrapa Amazônia Oriental) explicou que a unidade de Belém atua como polo do Sistema no Pará, aceitando, formando e apoiando as equipes municipais antes da instalação das 15 unidades em Ananindeua. (Da fala no encontro; carga confirmada no portal da Embrapa.) 

Agostinho Leão (técnico da SEMUPA).Agostinho Leão (técnico da SEMUPA) reforçou o caráter integrado do arranjo (peixes, galinhas, horta, compostagem e minhocário) e tem como objetivo social : combater desertos alimentares e elevar a autonomia de famílias urbanas e periurbanas.

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