Uso racional de plantas medicinais é tema de palestra no CRAS Daniel Reis
Secom
CRAS Daniel Reis, em parceria com a Universidade da Amazônia (UNAMA), promoveu palestra sobre o uso racional de plantas medicinais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 80% da população de países em desenvolvimento utiliza práticas tradicionais no cuidado com a saúde, como o uso de plantas medicinais. Porém, quando usadas de forma inadequada, essas plantas podem trazer riscos à saúde, especialmente para idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas. No Brasil, essa prática está culturalmente enraizada, sendo ainda mais presente na Região Norte, devido à rica biodiversidade e à tradição no uso de ervas.
Com esse alerta, o CRAS Daniel Reis, em parceria com a Universidade da Amazônia (UNAMA), promoveu nesta quarta-feira, 01, uma palestra sobre o uso racional de plantas medicinais. O encontro reuniu idosos, famílias atendidas pelo serviço socioassistencial e estudantes de farmácia da UNAMA, que compartilharam conhecimentos sobre benefícios, formas corretas de preparo, riscos de intoxicação e interações medicamentosas.
Entre as espécies abordadas, estavam pariri, gengibre, unha-de-gato, copaíba e capim-santo, plantas comuns no dia a dia das famílias paraenses e amplamente utilizadas para fins terapêuticos.
Coordenadora da ação pela UNAMA, professora Juliana Corrêa.A professora Juliana Corrêa, coordenadora da ação pela UNAMA, destacou a importância da conscientização.
“Hoje estamos aqui no CRAS Daniel Reis para promover uma ação em saúde focada na prevenção, com o objetivo de evitar casos de intoxicação, superdosagem e falhas em tratamentos. Existe a ideia de que, por ser planta, por ser natural, não há risco. Mas sabemos que muitas delas contêm substâncias que, se usadas de forma incorreta, podem ser tóxicas, reduzir o efeito de medicamentos e causar danos sérios. Por isso, trabalhamos os benefícios, as formas corretas de preparo e também as contraindicações, especialmente para idosos com doenças crônicas. A ideia é conscientizar, valorizar a cultura do uso de plantas, mas com responsabilidade e segurança”.
Coordenador do CRAS Daniel Reis, Robson Barbosa.O coordenador do CRAS Daniel Reis, Robson Barbosa, ressaltou que a ação reforça o compromisso do equipamento em cuidar da comunidade.
“Muitas famílias da nossa região utilizam plantas no dia a dia, e esse encontro foi fundamental para mostrar que informação também é cuidado. Aqui no CRAS, nosso papel é garantir que os usuários tenham acesso não apenas à assistência social, mas também a orientações que impactam diretamente na qualidade de vida”.
A secretária da SEMCAT, Francy Pereira, também destacou a relevância da parceria.
“Essa palestra mostra a força da união entre a assistência social e a universidade. Nossa missão é garantir os direitos das pessoas e promover o bem-estar, e ações como essa trazem conhecimento, prevenção e fortalecem os vínculos com a comunidade”.
Maria Helena, 69 anos, recebendo conhecimento.Para a participante Maria Helena, 69 anos, a experiência foi reveladora.
“Eu sempre usei capim-santo para fazer chá quando estou nervosa, mas não sabia que, se tomado em excesso, pode fazer mal. Hoje aprendi muita coisa e vou ter mais cuidado”.
A palestra ainda contou com dinâmicas interativas, premiações e distribuição de brindes, estimulando a participação do público, especialmente dos idosos.
Com essa iniciativa, a SEMCAT reforça o compromisso com a prevenção, a saúde e o bem-estar das famílias de Ananindeua, aproximando ciência e tradição em um diálogo que protege vidas.