Autista é aprovado na UFPA e comemora com servidores do CAPSi de Ananindeua
Secom
Há três anos os serviços ofertados pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) da prefeitura de Ananindeua, passou a fazer parte da vida de Luiz Fernando dos Santos Carvalho, de 19 anos. A equipe multiprofissional do Centro fechou o seu diagnóstico como Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição atípica do neurodesenvolvimento que limitam habilidades, interações sociais e comportamentais. No caso do Luiz Fernando, ser autista não foi uma barreira para que ele pudesse realizar um dos seus grandes sonhos. Nesta quinta-feira (15), ele viu seu nome no listão dos aprovados da Universidade Federal do Pará (UFPA), para o curso de Ciências da Computação e fez questão de comemorar junto com a equipe do CAPSi.
Cláudia Santos, mãe do Luiz Fernando, relembra os momentos de dificuldade para conseguir fechar o diagnóstico do filho e poder vê-lo seguir uma vida comum. "Por muito tempo eu via uma certa dificuldade no meu filho e procurei ajuda em várias instituições. Há 3 anos ele está sendo assistido pelo CAPSi e foi lá que conseguimos fechar o diagnóstico. Ele e autista e desde então ele está fazendo um acompanhamento com psicólogos e psiquiátricas", disse.
A coordenadora do CAPSI, Andrea Sousa, explica que o trabalho realizado no Centro faz parte de inúmeras histórias de superação e conquistas, individuais ou coletivas. "A relação dos nossos servidores é muito próxima com todos aqueles que são atendidos na instituição. O Fernando chegou conosco com 16 anos e sem diagnóstico e com uma família aflita. Após a nossa acolhida e direcionamento técnico e com o tratamento terapêutico e psiquiátrico a evolução dele ficou marcada com essa vitória".
Para o prefeito de Ananindeua, Doutor Daniel Santos, os desafios dos autistas e de suas famílias para um convívio em sociedade tem sido constantemente abordados, e o trabalho de acolhimento e quebra de estigmas precisa ser realizado desde cedo. "A busca por orientações para quem tem o diagnóstico e para as suas famílias tem que ser em ambientes adequados e com profissionais qualificados. As superações das limitações do TEA precisam ser auxiliadas por um profissional, já que estamos falando de um processo que vai mudar a convivência familiar e social de um pessoa com o espectro autista", disse o gestor.
"Meu filho agora é um calouro da UFPA e graças ao trabalho conjunto de toda a equipe do CAPSi Ananindeua. Isso é muito gratificante, eu estou muito feliz e tenho muito a agradecer por isso. Foi uma benção eu ter levado meu filho lá após ter rodado tanto, mas eu consegui o acolhimento adequado e hoje ele está aí. Juntos estamos colhendo os frutos dessa vitória e o Capsi foi muito importante. Essa vitória é nossa. Essa vitória é do CAPSi", finalizou Claudia, mãe do Luiz Fernando.
Sobre o CAPSi
Os Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) têm por missão oferecer atenção integral a crianças e adolescentes em sofrimento psíquico. O CAPSi atende crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, sendo uma Unidade porta aberta e com funcionamento de segunda a quinta-feira para acolhimento, das 08h às 18h. Quem procurar pelos serviços deve estar munido dos seguintes documentos: Cópias, cartão SUS, comprovante de residência, certidão de nascimento. É necessário estar acompanhado pelo responsável legal.