Saiba mais sobre Varíola dos Macacos e previna-se

02/08/2022 18h28
Secom

Varíola dos Macacos ou MonkeyPox

É uma doença causada por um vírus, os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas.

Por quê esse nome?

Na verdade, ela foi identificada primeira nos macacos e, por isso, ficou conhecida no mundo científico como “varíola dos macacos”. A doença foi diagnosticada e identificada pela primeira vez no século passado, na década de 60, em alguns países da África Central e da África Ocidental. Ao longo da história da saúde pública mundial, houve alguns surtos de varíola dos macacos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos (poucos casos e surtos curtos).

Atualmente, é o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental.

Transmissão: Ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados. A transmissão por meio de gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, por isso, trabalhadores da saúde, membros da família, parceiros e parceiras têm maior risco de contaminação.

Sintomas
A doença pode iniciar com um quadro de febre súbita, forte e intensa. O paciente também tem dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços popularmente conhecidos como "ínguas"), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região perigenital.

A manifestação na pele é chamada de papulovesicular uniforme, que são feridas ou lesões pelo corpo.

Tenho esses sintomas. O que fazer?
 Se há suspeita de infecção, deve-se procurar atendimento numa Unidade Básica de saúde para ser conduzido ao tratamento dos sintomas. Em caso suspeito, o paciente vai seguir um fluxo laboratorial e vai indicar a coleta do exame para fazer o teste. O diagnóstico da doença é realizado por teste molecular ou sequenciamento genético. As amostras são coletadas e enviadas para um laboratório de referência - no caso do Estado do Pará, o Laboratório Central - LACEN - para o exame e resposta ao paciente em tempo oportuno.

Uma vez o diagnóstico laboratorial concluído e o paciente atestado positivo, ele fica em isolamento por 40 dias. Todo seu material de roupa de cama, roupas, lençóis e objetos pessoais devem passar por um processo de higienização, de fervura, de lavagem com água e sabão para, dessa forma, impedir a transmissão.

Como as pessoas podem se proteger?

A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas. Lembrando que a principal forma de transmissão ocorre através do contato pele/pele, pessoal, ou através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos.

Quais são as diferenças entre a varíola dos macacos e a varíola humana?

A varíola humana é uma doença erradicada no nosso país há muitos anos, enquanto a varíola dos macacos é semelhante, porém, é uma outra doença. São dois vírus diferentes, causam sintomas relativamente parecidos, mas são doenças absolutamente distintas.

Como é o tratamento da varíola dos macacos?

O tratamento da varíola dos macacos, em geral, é o que chamamos de tratamento de suporte. Geralmente, o paciente precisa de uma boa hidratação, se estiver com dor de cabeça tomar um remédio analgésico, se estiver com febre, tomar um antifebril e, fundamentalmente, a higienização das lesões. Há casos, que os pacientes são conduzidos ao uso de antibióticos.

Como o Ministério da Saúde está atuando na questão das vacinas?

Existem atualmente duas empresas que produzem essas vacinas. O Ministério está em tratativas com a OPAS e OMS para aquisição de doses para a população brasileira. Nós estamos, em uma primeira análise, trabalhando com um quantitativo de aproximadamente 50 mil doses iniciais, a depender da capacidade de produção da empresa e da capacidade de aquisição. A Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS está em tratativas com o fabricante para que, o mais breve possível, essas vacinas estejam disponíveis.

 Fonte: Ministério da Saúde