SEMMU realiza abertura da campanha "21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência de Gênero"

O evento reforça a importância da campanha em promover a igualdade de gênero, prevenir a violência e proteger os direitos das mulheres

19/11/2024 16h46 - Atualizada em 19/11/2024 17h26
Secom

Abertura da campanha "21 Dias de Ativismo: Pelo Fim da Violência de Gênero Depende de Todos Nós". Na manhã desta terça-feira (19), a Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal das Mulheres (SEMMU), realizou oficialmente abertura da campanha "21 Dias de Ativismo: Pelo Fim da Violência de Gênero Depende de Todos Nós". O evento aconteceu no Teatro Municipal de Ananindeua.

Estiveram presentes representantes da SEMMU, como a secretária municipal da Mulher de Ananindeua, Cléa Gomes e a diretora técnica Solange Ramalho, além de autoridades e convidados, como o oficial de justiça e professor Roberto Magno Reis, o juiz da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Ananindeua, Emanuel Mouta, a defensora pública do Núcleo de Gênero de Ananindeua, Mayana João, Brenda Arruda, diretora financeira da Casa da Mulher Brasileira entre outros. Eles compuseram a mesa redonda para o debate sobre "A Importância da Educação e da Sonoridade na Responsabilidade Coletiva no Combate à Violência de Gênero".

Foram convidados também para apresentação musical e artística dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) das regiões Guanabara, Cidade Nova 6, Daniel Reis e a Escola Padre Gabriel Bulgarelli. Os alunos dessa escola farão uma redação sobre o tema "21 Dias de Ativismo" e os resultados serão divulgados em dezembro.

A secretária municipal das mulheres, Cléa Gomes.Para a secretária municipal das mulheres, Cléa Gomes, o evento é fundamental para debater a temática. "Hoje, na abertura, tivemos pessoas importantes para discutir o tema, como o juiz, a defensoria e a promotoria. Nos concentramos na luta e percebemos a importância da participação dos homens. Trouxemos um palestrante homem, que também é militante conosco - mulheres. Este evento é uma somatória de 365 dias de trabalho, que inclui todas as datas comemorativas, como 'agosto lilás', 'outubro rosa', e 'novembro azul', que encerra com chave de ouro a importância do ativismo de homens e mulheres no combate à violência contra as mulheres", explicou a secretária.

Oficial de justiça, professor e palestrante Roberto Magno Reis.O oficial de justiça, professor e palestrante Roberto Magno Reis afirmou que o tema abordado visa convidar todos a refletirem sobre sua realidade. "O evento não se resume a um dia específico, mas a um convite para olharmos para as mulheres e para os homens ao nosso redor, para entender as dificuldades inerentes à violência de gênero, os problemas culturais de criação e buscar uma forma diferente de educar a sociedade, para que todos cresçam conscientes de seu papel futuro como pais, esposos e gestores", ressaltou.

Jjuiz da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Ananindeua, Emanuel Mouta.O juiz da Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Ananindeua, Emanuel Mouta, reforçou o papel da cidade como protagonista na causa. "Ananindeua tem se destacado por um ativismo consciente, inteligente e racional, conseguindo grandes resultados na área de conscientização, levando as pessoas à reflexão por meio de trabalhos nas escolas, nas ruas e durante as festividades. Isso é fundamental para erradicar a violência doméstica contra as mulheres. O ativismo é uma ferramenta essencial na conscientização e na construção de uma sociedade onde os gêneros não sejam vistos como desiguais e já estamos colhendo os primeiros resultados", destacou o magistrado.

Mayana João, defensora pública e atuante no Núcleo de Defesa da Mulher Vítima de Violência de Gênero.Mayana João, defensora pública e atuante no Núcleo de Defesa da Mulher Vítima de Violência de Gênero, explicou que o tema é crucial para a conscientização da sociedade civil. "A violência de gênero tem uma origem cultural. Ao longo da história, crenças que alimentam a desigualdade entre homens e mulheres foram normalizadas, e a violência contra a mulher foi aceita como natural. Só conseguiremos debater essa questão mudando a mentalidade, especialmente entre os jovens. A desconstrução cultural ocorrerá à medida que educarmos as novas gerações para que, no futuro, atitudes de igualdade e respeito se tornem mais comuns", esclareceu.

A estudante Ana Isabella Lima.A estudante Ana Isabella Lima, de 15 anos, do 9.º ano da EMEF Padre Gabriel Bulgarelli, esteve no evento e compartilhou suas experiências sobre o tema. "Hoje, ao assistir à palestra, percebi que já vivi uma situação de violência de gênero. Isso aconteceu porque, ao tentar seguir uma profissão, a sociedade achava que era algo que apenas os homens poderiam fazer. O mais importante é que a mulher está conquistando seu espaço e seu reconhecimento na sociedade", finalizou.

O evento faz parte do "Movimento Internacional dos 16 Dias de Ativismo", uma ação de conscientização sobre o enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres. No Brasil, essa iniciativa foi ampliada para 21 dias, começando em 20 de novembro, data em que se celebra a "Consciência Negra", e se estendendo até 10 de dezembro, o "Dia Internacional dos Direitos Humanos". Em Ananindeua, serão realizados 40 dias de campanhas, com ações, palestras e seminários voltados para a discussão e o enfrentamento da violência contra as mulheres.

Guarda Civil Municipal (GCM) participando do evento.

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