260 títulos de regularização fundiária são entregues no bairro do Maguari

A Comunidade "Muralha" passa a se chamar comunidade "Vitória do Cajuí"

27/06/2023 12h30 - Atualizada em 27/06/2023 12h28
Secom


Comunidade lotou espaço onde foi feita entrega de títulos de propriedade.Nesta segunda feira, dia 26, a Comunidade Vitória do Cajuí , no bairro maguari, conquistou a tão sonhada regularização fundiária. A Secretaria Municipal de Ananindeua (Sehab) entregou 260 títulos de propriedade para moradores cadastrados na área e aptos a serem contemplados pelo Programa Municipal ‘Ananindeua Legal’. Com essa entrega, a prefeitura já contemplou o total de 24.599 famílias. 

Segundo o vereador Breno Mesquita, a comunidade anseia por este momento há 23 anos. “Todas as vezes que a comunidade conquista os seus direitos, nossos corações ficam alegres. Caminhei por essa comunidade, ouvir todos, sei da realidade daqui. Hoje é o dia da vitória”, reitera o vereador.

Em discurso, o Prefeito Doutor Daniel reconheceu que para muitos moradores que não tem a titularidade de seus imóveis, a regularização é muito mais importante que qualquer outro serviço público. “Às vezes até mais que asfalto e iluminação. Traz segurança jurídica pra vocês, a certeza que ninguém vai ser despejado com sua família e não ter pra onde ir. Eu tenho orgulho de poder contribuir e melhorar a vida de quem mora aqui. Agora a casa é de vocês, de fato e de direito”. 

Comunidade Muralha agora passa a ser chamada Viitória do CajuíO Prefeito também lembrou que a regularização representa uma série de vantagens para os proprietários dos imóveis, garantindo segurança jurídica do imóvel, facilitando na obtenção de financiamentos para melhorias e acesso aos serviços públicos da cidade. “A Comunidade muralha agora passa a ser denominada de comunidade vitória do Cajuí. O nome muda porque hoje é uma outra realidade”, disse o prefeito. 

Seu Reginaldo Pereira e a esposa moram há 10 anos na comunidadeSeu Reginaldo, que acompanhou a esposa na entrega de títulos, estava entusiasmado com a mudança . “Quando chegaram aqui pra cadastrar as famílias, muita gente não acreditava, pensou que era balela de político. Mas o Daniel prometeu e cumpriu. Nossa comunidade melhorou muito nos últimos anos. A nossa rua era chamada rua da morte, agora é rua Cajuí. Esse nome “muralha” era associado a um passado que trazia o estigma ruim pra nós. Agora tudo muda”, explicou seu Reginaldo. 

Para muitos moradores, a segurança de ter o título de propriedade abre portas para investir mais no seu imóvel e até mesmo pensar em vender. 

A Deputada federal Alessandra Haber também esteve presente e expressou seu carinho pela comunidade. “Desde 2021 quando a gente teve aquele surto de pandemia, que nós viemos aqui e trouxemos cestas básicas  através do programa Ananin Solidária, a gente se aproximou e pudemos dar mais atenção para a área”. 

Seu Aurélio de Castro já tem planos para o imóvel em seu nome“Quero ampliar minha casa, mandar fazer duas salas e mais dois quartos e quem sabe conseguir um comprador pra ela e ir morar com minha filha em São Paulo. Ter esse documento é uma garantia que não perdi dinheiro”, lembrou seu Aurélio de Castro, que já investiu o dinheiro da aposentadoria numa reforma da casa, antes mesmo de ser beneficiado pelo programa municipal. 

Por outro lado, dona Casmere da Silva, que mora há 23 anos na alameda dom Brás nunca teve coragem de fazer um investimento no imóvel por não ter posse legal. Mas agora já pode sonhar.

Dona Casmere da Silva com seu título em mãos“ Pegar nesse documento me dá uma sensação tão boa, tão gostosa que não consigo nem explicar. Passa um filme na cabeça, quando viemos pra cá era muito lama e mato. Já fomos expulsos, mas continuamos lutando. Minha casa era de faixa (material de publicidade de festa), hoje é de madeira, mas quem sabe não consigo construir de alvenaria”, finalizou dona Casmere.